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Música, divulgações, diversões, meio ambiente, cultura, divagações e boas conversas. Não necessariamente nessa ordem :-)

sábado, 5 de novembro de 2016

Estação da Leitura - Congonhas do Campo (MG)


Quim Cordeiro é uma usina de ideias. Um artista que cria, pensa e produz sua arte com o olhar sempre voltado para o social. Tudo que ele faz é grande, belo e em prol de muita gente. Assim é o projeto Estação da Leitura, que consiste em estimular o hábito de ler em crianças e adultos. Já são três anos que sua produtora Arte a La Carte em parceria com a Associação de Amigos da Biblioteca Djalma Andrade, levam ao público de Congonhas do Campo (MG), sua cidade natal, e imediações, obras que são lidas em voz alta, com debates, com a presença dos autores, com troca de ideias, com a participação ativa da população. Lindo, emocionante, enorme em sua proposta. O formato é simples, um leitor-guia vai conduzindo a leitura, criando uma atmosfera envolvente, uma ambiência que aguça a curiosidade dos presentes pela história que está sendo contada. Pode-se chegar ao fim ou não, mas o que interessa é o despertar, é criar um campo fértil para que o habito da leitura flua e se estabeleça. Depois de lido o texto, um bate-papo descontraído, uma troca de ideias entre leitor e plateia para fechar com leveza e descontração.
Eu tive a honra de receber, desse criador iluminado, o convite para ser leitora guia do projeto esse ano e lá fui eu para aquela que seria uma de minhas mais singulares aventuras! Fizemos o projeto na estação de trem de Lobo Leite, uma cidade vizinha à Congonhas, um lugar lindo e inspirador. Li algumas histórias ficcionais do livro “Histórias Naturais” de Marcílio França Castro, livro esse que recomendo fortemente, pela grande obra que é. Marcílio é criativo, inteligente e seu livro é instigante e bom de ler. Vale a pena.

Junto com Quim, uma equipe afiada de gente querida contribuiu ainda mais para que esses dias em Minas fossem inesquecíveis! Renan, Robson, Janice, Beatriz, Efigênia, Bruno, Tiago, além de Sandra, minha fiel “Dona Zênitha” que foi comigo. Para dar ainda mais tempero aos dias de alegria, contamos também com os carinhos e gentilezas de Perpétua, Marly, Seu Joaquim, Bernadete,  quase toda a família Cordeiro. Pedro Cordeiro e Luiza Castelani se apresentaram com o lindo e mágico “Trem de Histórias” para as crianças,  depois da leitura do livro “Castelos, Princesas e Babás” de Léo Cunha, por Regina Bahia. Para coroar, fechando os três dias de projeto, ainda cantei ao lado do sensível e talentoso violonista, Fellipe Marlon, algumas canções de meus trabalhos e muita música mineira no cenário mais que perfeito! Honra, alegria, alma lavada! Que esse trem siga por todas as estações onde mentes abertas e corações quentes possam receber esse lindo presente literário! Projeto tão básico, necessário,  simples e feliz! Muito obrigada, querido Quim!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Meu Programa!

Em julho desse ano, meu amigo radialista e compositor, Ricardo Brito, me passou por três meses a condução de seu lindo Programa Encontros, na Rádio Roquette-Pinto, tarefa que cumpri, com a maior alegria e orgulho pela confiança que ele deposita em mim, sempre. Foram programas inesquecíveis, que me ajudaram a amadurecer esse oficio incrível de radialista, que quero para sempre exercer, somado às minhas outras atividades tão importantes quanto.

Nessa última quarta-feira, dia 05 de outubro, passei de volta o bastão, a “pira olímpica”, a quem é de direito e Ricardo retomou seu projeto, que se Deus quiser, será longevo e ainda trará muitas alegrias para nós e os artistas que por lá passarem.

Nesse dia recebi de Ricardo, no ar, a notícia de que a partir do dia 8 de novembro, por ideia dele e anuência da direção da Rádio, comandarei meu próprio programa, que será o meu projeto “Marianna Leporace Convida” transformado em programa mensal de auditório! Quase morri do coração e até agora estou sem palavras para agradecer a ele e a todos que me ajudaram a pavimentar esse caminho.

Faço aqui então a lista de agradecimentos justos, começando por Eliana Caruso e Ivan Bala por terem acreditado na ideia, acolhendo meu programa a pedido do Ricardo e por terem ajudado a dar vida ao “sonho do Rádio”, que sempre esteve nas minhas veias atavicamente.

Agradeço as minhas parceiras de Folia de 3, Cacala Carvalho e Eliane Tassis que fizeram comigo o “programa número zero”, onde Ricardo me passou a missão que daria inicio a toda essa história, no dia, 29 de junho desse ano. Eliane nesse dia ainda gravou as vinhetas de abertura com o meu nome e que foram ao ar durante todo esse tempo que estive à frente do Encontros.

Agradeço a todos que atenderam ao meu convite nesses três meses, os que não puderam atender e os que ainda atenderão, porque o Programa Encontros seguirá seu curso e temos muito chão pela frente. Para não esquecer ninguém, vou colocar aqui os nomes por ordem de participação no programa: Dalmo Medeiros e Miltinho (pelo MPB4), Ivan Azevedo, Fabiola Farias e Beth Dau (pelo Grupo Vocalise), Elaine Morgado, Mariana Baltar, Marcio Thadeu, Monique Aragão, Edu Kneip, Simone Lial, Lucas Bueno, Kika Tristão, Alexandre Lloro, Renan Borges (pela Banda ControlC), Cléo Boechat, Irinéa Ribeiro, Rômulo Gomes, Mari Blue, Mario Wamser, Yuri Popoff, Muiza Adnet, Délia Fischer, Laura Lagub, Marcelo Fedrá, Jackie Hecker, Guilherme Hermolin, Mauricio Detoni, Rafael de Castro.

Agradeço a parceria de Gilberto Figueiredo que apresentou, a meu pedido, o quadro “Do Oiapoque ao Chuí”, mostrando as belezas de um Brasil que a gente desconhece, com a maior competência e desenvoltura.

Agradeço o querido Gabriel Telésforo, parceiro em todos os programas que fiz, por seu profissionalismo e “puxões de orelhas” pelos erros da aprendiz de radialista.

A todos que ouviram os programas, mesmo os que ouviram um só, os amigos, os que nem conheço, em especial Alexandre Baldez e Soli Oliveira que foram presentes em todos os momentos, dando a maior força nos comentários.

O programa de estreia, no dia 8 de novembro será com a pessoa que tornou tudo isso possível e não podia ser diferente: Ricardo Brito, amigo querido e grande parceiro que deposita em mim sua fé inabalável.

Muito obrigada!!! 


quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Samba em Família na Fundação Eva Klabin

Muito me honra o convite que recebi de Nenem Krieger para participar de seu projeto, Eva MPB Show, na Fundação Eva Klabin. Nenem é uma produtora de excelência, de bom gosto e figurar entre as suas "escolhas artísticas" é algo que me envaidece!
Então, com a maior alegria do mundo, estaremos lá, no dia 13 de agosto, sábado agora, com o show "Samba em Família" e vamos adorar a presença de vocês!

terça-feira, 5 de julho de 2016

Deco e o Dr. Oswaldo

Esse texto foi escrito em 2007, mas nunca mostrei pra ninguém. Hoje soube que Dr. Oswaldo faria 84 anos e resolvi que era hora de contar essa história. 
Deco, é pra você!


DECO E O DR. OSWALDO

São incríveis as teias que a vida tece e os encontros que ela nos proporciona ao longo do percurso. Vivo cercada de grandes coincidências, por exemplo, que me deixam sempre de boca aberta e com a absoluta certeza de que nada nesse mundo é por acaso.

Conheci Deco Fiori há quatorze anos, quando entrei no grupo vocal Maite-Tchu. Ele, Symô, Cacala e Magda Belotti, ao lado de Fred Biasotto e Antonio Carlos Lobo, os arranjadores, procuravam a soprano que pudesse ocupar a vaga que Aline Cabral acabara de deixar, por ter aceito o convite para participar do grupo Be Happy.

Não vou entrar nos detalhes dessa história, porque ela vale um texto próprio, já que também é um outro caso de inusitadas coincidências na minha vida. Mas o fato é que, uma vez aceita nesse grupo, estava ali formada uma turma que seguiria junta através dos anos em milhares de projetos de diversas naturezas musicais, em shows, gravações e muitos grupos filhotes do Maite-Tchu.

Deco tornou-se um grande amigo e uma figura importante em momentos muito decisivos da minha vida. Descobrimos coisas interessantes que margearam nossas vidas desde que nascemos e que poderiam já ter encurtado o caminho para que nos conhecêssemos muitos anos antes. Por exemplo, o fato de termos morado nas mesmas ruas em nossa infância e adolescência, às vezes até no mesmo quarteirão, dividirmos os mesmos amigos e jamais termos nos esbarrado. Quando nos conhecemos, morávamos um na esquina do outro! E hoje moro em seu apartamento em Copacabana, de onde ele se mudou, no exato momento em que eu precisava arrumar um espaço para mim. Providência divina e muita camaradagem de meu amigo querido.


Tudo isso que escrevi foi para contar que precisaram passar quatorze anos de convivência intensa e quase diária para que minha ficha caísse...

Não sei por que, eu, que sou até bem antenada para nomes, datas, ligações familiares, contatos, essas coisas, nunca havia ligado o nome do Deco àquele homem que tantas vezes vi na minha casa e de quem me escondia embaixo da cama de minha mãe com pavor, só de ouvir seu nome, porque associava “Dr. Oswaldo” a algum médico que pudesse inventar de querer me dar uma injeção, coisa que eu temia e odiava com todas as minhas forças, do alto de meus quatro anos de idade!

Dr. Oswaldo Mendonça foi o incansável e carinhoso advogado que cuidou do processo de minha irmã, quando ela foi presa pela ditadura militar nos bicudos anos 70. Foi um nome muito importante na história jurídica brasileira, sempre defendendo causas nobres, ao lado do lendário Sobral Pinto.

Entrou em minha casa através de uma amiga em comum e tornou-se um grande amigo da minha família, de lá saindo apenas quando o processo foi concluído, muito tempo depois. Perderam o contato pelos anos e meus pais nunca conheceram a fundo a sua história pessoal, mas guardaram para o resto da vida a gentileza do homem que ajudou a minha irmã, sem cobrar um centavo por isso, já que o amigo passou à frente do profissional.

Deco nunca teve oportunidade de falar de mim para o seu pai, pois quando nos conhecemos ele havia acabado de falecer. Dr. Oswaldo com certeza se lembraria da menina que fugia dele e daquela família amiga que havia conquistado e ajudado tanto com seu talento e senso de justiça. Minha irmã ouve hoje essa história muito comovida, minha mãe se impressiona e não acredita e eu sigo pensando que o mundo realmente só tem três pessoas e uma esquina.


Março de 2007 – revisado em 05 de junho de 2016

Eu e Deco em São Paulo - 1997

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Samba em Família no Centro de Referencia da Música Carioca


Hoje é dia de alegria! Show com a minha banda, do novo projeto. O caminho está bonito, vamos construindo o repertório do CD a cada show. Pesquisa boa, prazerosa, com amigos de fé ao lado. Samba em Família diz a que vem e é literalmente desse jeito. Só agradeço!



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Perdemos todos...


Não há mocinhos e bandidos nessa história. Não há.  Estamos perdendo todos pela nossa omissão, por nossas pequenas corrupções diárias, por nossa falta de saco de entender mais sobre os mecanismos da política e as ciladas das coligações perigosas.

Não fomos habituados a enfrentar os leões e mata-los todos os dias. Não fomos estimulados a entender profundamente sobre o caos que nos assola. Os livros de história do Brasil que li e com muita atenção na escola acabavam na Era Vargas. Naqueles tempos, nada se falava sobre política contemporânea. Não podia, era proibido.

Eram os anos de chumbo. Sou cria dele como todas as gerações que nasceram depois de 1964. Portanto somos alienados políticos e só entende desse assunto quem correu atrás, quem estudou para isso, quem se interessou. O resto é orelhada, é ouvir o galo cantar e não saber onde, é repetir textos alheios sem refletir, é não ter a menor capacidade de análise, é o limbo e a ignorância que estamos vendo e vivendo todos os dias. Somos todos ignorantes de algo, de muito e tudo escapa. Não há verdades absolutas e nem certezas, ninguém sabe realmente de nada. E estamos brigando, o que é mais incrível! Amizades estão em risco nesse mar de intolerância por algo que se desconhece!

Todos queremos a mesma coisa afinal! Um país livre de corrupção, um pais limpo, sem enriquecimentos ilícitos às nossas custas, sem políticos viciados, mas servidores que dialoguem, que nos escutem, que nos leiam, que nos atendam. Se não houver diálogo entre a população e quem está na administração do pais, não há democracia de fato. Seguimos em ditaduras veladas, onde o que impera é o interesse sempre de muito poucos, ainda mais num país dessa dimensão.

Torço pela democracia e pelo estado de direito, por isso não quero o impeachment mas quero propor um pacto. Entre todos, todos os lados, que são muitos e não apenas os extremos do contra e a favor como se coloca. Se houver impeachment, que sigamos atentos e fazendo pressão para que se limpe de fato essa casa, mas se não houver, que sigamos com a mesma atenção deixando a presidenta trabalhar, mas sob nossas vistas. Porque nada é bom nesse momento. Já perdemos, mas não foi hoje, agora, já estamos perdendo há muitos anos, quando não participamos do processo, no pleno exercício de nossa cidadania, como se ele não nos pertencesse, como se fosse responsabilidade de outrem.


No meio desse lamaçal estamos amadurecendo como nação, como indivíduos políticos e cidadãos. Se há alguma coisa a se aproveitar e sempre há, acho que é isso. O resto vai ser sempre o resto e o futuro vai depender do nosso despertar.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Samba em Família no Bottle's

Vamos esquentando os tamborins para a gravação do CD curtindo mais um show "Samba em Família", dessa vez no Bottle's, no Beco das Garrafas! Eu e minha "tribo de responsa" esperamos por vocês!!!

Só alegria!!!

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