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Música, divulgações, diversões, meio ambiente, cultura, divagações e boas conversas. Não necessariamente nessa ordem :-)

sábado, 5 de novembro de 2016

Estação da Leitura - Congonhas do Campo (MG)


Quim Cordeiro é uma usina de ideias. Um artista que cria, pensa e produz sua arte com o olhar sempre voltado para o social. Tudo que ele faz é grande, belo e em prol de muita gente. Assim é o projeto Estação da Leitura, que consiste em estimular o hábito de ler em crianças e adultos. Já são três anos que sua produtora Arte a La Carte em parceria com a Associação de Amigos da Biblioteca Djalma Andrade, levam ao público de Congonhas do Campo (MG), sua cidade natal, e imediações, obras que são lidas em voz alta, com debates, com a presença dos autores, com troca de ideias, com a participação ativa da população. Lindo, emocionante, enorme em sua proposta. O formato é simples, um leitor-guia vai conduzindo a leitura, criando uma atmosfera envolvente, uma ambiência que aguça a curiosidade dos presentes pela história que está sendo contada. Pode-se chegar ao fim ou não, mas o que interessa é o despertar, é criar um campo fértil para que o habito da leitura flua e se estabeleça. Depois de lido o texto, um bate-papo descontraído, uma troca de ideias entre leitor e plateia para fechar com leveza e descontração.
Eu tive a honra de receber, desse criador iluminado, o convite para ser leitora guia do projeto esse ano e lá fui eu para aquela que seria uma de minhas mais singulares aventuras! Fizemos o projeto na estação de trem de Lobo Leite, uma cidade vizinha à Congonhas, um lugar lindo e inspirador. Li algumas histórias ficcionais do livro “Histórias Naturais” de Marcílio França Castro, livro esse que recomendo fortemente, pela grande obra que é. Marcílio é criativo, inteligente e seu livro é instigante e bom de ler. Vale a pena.

Junto com Quim, uma equipe afiada de gente querida contribuiu ainda mais para que esses dias em Minas fossem inesquecíveis! Renan, Robson, Janice, Beatriz, Efigênia, Bruno, Tiago, além de Sandra, minha fiel “Dona Zênitha” que foi comigo. Para dar ainda mais tempero aos dias de alegria, contamos também com os carinhos e gentilezas de Perpétua, Marly, Seu Joaquim, Bernadete,  quase toda a família Cordeiro. Pedro Cordeiro e Luiza Castelani se apresentaram com o lindo e mágico “Trem de Histórias” para as crianças,  depois da leitura do livro “Castelos, Princesas e Babás” de Léo Cunha, por Regina Bahia. Para coroar, fechando os três dias de projeto, ainda cantei ao lado do sensível e talentoso violonista, Fellipe Marlon, algumas canções de meus trabalhos e muita música mineira no cenário mais que perfeito! Honra, alegria, alma lavada! Que esse trem siga por todas as estações onde mentes abertas e corações quentes possam receber esse lindo presente literário! Projeto tão básico, necessário,  simples e feliz! Muito obrigada, querido Quim!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Meu Programa!

Em julho desse ano, meu amigo radialista e compositor, Ricardo Brito, me passou por três meses a condução de seu lindo Programa Encontros, na Rádio Roquette-Pinto, tarefa que cumpri, com a maior alegria e orgulho pela confiança que ele deposita em mim, sempre. Foram programas inesquecíveis, que me ajudaram a amadurecer esse oficio incrível de radialista, que quero para sempre exercer, somado às minhas outras atividades tão importantes quanto.

Nessa última quarta-feira, dia 05 de outubro, passei de volta o bastão, a “pira olímpica”, a quem é de direito e Ricardo retomou seu projeto, que se Deus quiser, será longevo e ainda trará muitas alegrias para nós e os artistas que por lá passarem.

Nesse dia recebi de Ricardo, no ar, a notícia de que a partir do dia 8 de novembro, por ideia dele e anuência da direção da Rádio, comandarei meu próprio programa, que será o meu projeto “Marianna Leporace Convida” transformado em programa mensal de auditório! Quase morri do coração e até agora estou sem palavras para agradecer a ele e a todos que me ajudaram a pavimentar esse caminho.

Faço aqui então a lista de agradecimentos justos, começando por Eliana Caruso e Ivan Bala por terem acreditado na ideia, acolhendo meu programa a pedido do Ricardo e por terem ajudado a dar vida ao “sonho do Rádio”, que sempre esteve nas minhas veias atavicamente.

Agradeço as minhas parceiras de Folia de 3, Cacala Carvalho e Eliane Tassis que fizeram comigo o “programa número zero”, onde Ricardo me passou a missão que daria inicio a toda essa história, no dia, 29 de junho desse ano. Eliane nesse dia ainda gravou as vinhetas de abertura com o meu nome e que foram ao ar durante todo esse tempo que estive à frente do Encontros.

Agradeço a todos que atenderam ao meu convite nesses três meses, os que não puderam atender e os que ainda atenderão, porque o Programa Encontros seguirá seu curso e temos muito chão pela frente. Para não esquecer ninguém, vou colocar aqui os nomes por ordem de participação no programa: Dalmo Medeiros e Miltinho (pelo MPB4), Ivan Azevedo, Fabiola Farias e Beth Dau (pelo Grupo Vocalise), Elaine Morgado, Mariana Baltar, Marcio Thadeu, Monique Aragão, Edu Kneip, Simone Lial, Lucas Bueno, Kika Tristão, Alexandre Lloro, Renan Borges (pela Banda ControlC), Cléo Boechat, Irinéa Ribeiro, Rômulo Gomes, Mari Blue, Mario Wamser, Yuri Popoff, Muiza Adnet, Délia Fischer, Laura Lagub, Marcelo Fedrá, Jackie Hecker, Guilherme Hermolin, Mauricio Detoni, Rafael de Castro.

Agradeço a parceria de Gilberto Figueiredo que apresentou, a meu pedido, o quadro “Do Oiapoque ao Chuí”, mostrando as belezas de um Brasil que a gente desconhece, com a maior competência e desenvoltura.

Agradeço o querido Gabriel Telésforo, parceiro em todos os programas que fiz, por seu profissionalismo e “puxões de orelhas” pelos erros da aprendiz de radialista.

A todos que ouviram os programas, mesmo os que ouviram um só, os amigos, os que nem conheço, em especial Alexandre Baldez e Soli Oliveira que foram presentes em todos os momentos, dando a maior força nos comentários.

O programa de estreia, no dia 8 de novembro será com a pessoa que tornou tudo isso possível e não podia ser diferente: Ricardo Brito, amigo querido e grande parceiro que deposita em mim sua fé inabalável.

Muito obrigada!!! 


quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Samba em Família na Fundação Eva Klabin

Muito me honra o convite que recebi de Nenem Krieger para participar de seu projeto, Eva MPB Show, na Fundação Eva Klabin. Nenem é uma produtora de excelência, de bom gosto e figurar entre as suas "escolhas artísticas" é algo que me envaidece!
Então, com a maior alegria do mundo, estaremos lá, no dia 13 de agosto, sábado agora, com o show "Samba em Família" e vamos adorar a presença de vocês!

terça-feira, 5 de julho de 2016

Deco e o Dr. Oswaldo

Esse texto foi escrito em 2007, mas nunca mostrei pra ninguém. Hoje soube que Dr. Oswaldo faria 84 anos e resolvi que era hora de contar essa história. 
Deco, é pra você!


DECO E O DR. OSWALDO

São incríveis as teias que a vida tece e os encontros que ela nos proporciona ao longo do percurso. Vivo cercada de grandes coincidências, por exemplo, que me deixam sempre de boca aberta e com a absoluta certeza de que nada nesse mundo é por acaso.

Conheci Deco Fiori há quatorze anos, quando entrei no grupo vocal Maite-Tchu. Ele, Symô, Cacala e Magda Belotti, ao lado de Fred Biasotto e Antonio Carlos Lobo, os arranjadores, procuravam a soprano que pudesse ocupar a vaga que Aline Cabral acabara de deixar, por ter aceito o convite para participar do grupo Be Happy.

Não vou entrar nos detalhes dessa história, porque ela vale um texto próprio, já que também é um outro caso de inusitadas coincidências na minha vida. Mas o fato é que, uma vez aceita nesse grupo, estava ali formada uma turma que seguiria junta através dos anos em milhares de projetos de diversas naturezas musicais, em shows, gravações e muitos grupos filhotes do Maite-Tchu.

Deco tornou-se um grande amigo e uma figura importante em momentos muito decisivos da minha vida. Descobrimos coisas interessantes que margearam nossas vidas desde que nascemos e que poderiam já ter encurtado o caminho para que nos conhecêssemos muitos anos antes. Por exemplo, o fato de termos morado nas mesmas ruas em nossa infância e adolescência, às vezes até no mesmo quarteirão, dividirmos os mesmos amigos e jamais termos nos esbarrado. Quando nos conhecemos, morávamos um na esquina do outro! E hoje moro em seu apartamento em Copacabana, de onde ele se mudou, no exato momento em que eu precisava arrumar um espaço para mim. Providência divina e muita camaradagem de meu amigo querido.


Tudo isso que escrevi foi para contar que precisaram passar quatorze anos de convivência intensa e quase diária para que minha ficha caísse...

Não sei por que, eu, que sou até bem antenada para nomes, datas, ligações familiares, contatos, essas coisas, nunca havia ligado o nome do Deco àquele homem que tantas vezes vi na minha casa e de quem me escondia embaixo da cama de minha mãe com pavor, só de ouvir seu nome, porque associava “Dr. Oswaldo” a algum médico que pudesse inventar de querer me dar uma injeção, coisa que eu temia e odiava com todas as minhas forças, do alto de meus quatro anos de idade!

Dr. Oswaldo Mendonça foi o incansável e carinhoso advogado que cuidou do processo de minha irmã, quando ela foi presa pela ditadura militar nos bicudos anos 70. Foi um nome muito importante na história jurídica brasileira, sempre defendendo causas nobres, ao lado do lendário Sobral Pinto.

Entrou em minha casa através de uma amiga em comum e tornou-se um grande amigo da minha família, de lá saindo apenas quando o processo foi concluído, muito tempo depois. Perderam o contato pelos anos e meus pais nunca conheceram a fundo a sua história pessoal, mas guardaram para o resto da vida a gentileza do homem que ajudou a minha irmã, sem cobrar um centavo por isso, já que o amigo passou à frente do profissional.

Deco nunca teve oportunidade de falar de mim para o seu pai, pois quando nos conhecemos ele havia acabado de falecer. Dr. Oswaldo com certeza se lembraria da menina que fugia dele e daquela família amiga que havia conquistado e ajudado tanto com seu talento e senso de justiça. Minha irmã ouve hoje essa história muito comovida, minha mãe se impressiona e não acredita e eu sigo pensando que o mundo realmente só tem três pessoas e uma esquina.


Março de 2007 – revisado em 05 de junho de 2016

Eu e Deco em São Paulo - 1997

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Samba em Família no Centro de Referencia da Música Carioca


Hoje é dia de alegria! Show com a minha banda, do novo projeto. O caminho está bonito, vamos construindo o repertório do CD a cada show. Pesquisa boa, prazerosa, com amigos de fé ao lado. Samba em Família diz a que vem e é literalmente desse jeito. Só agradeço!



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Perdemos todos...


Não há mocinhos e bandidos nessa história. Não há.  Estamos perdendo todos pela nossa omissão, por nossas pequenas corrupções diárias, por nossa falta de saco de entender mais sobre os mecanismos da política e as ciladas das coligações perigosas.

Não fomos habituados a enfrentar os leões e mata-los todos os dias. Não fomos estimulados a entender profundamente sobre o caos que nos assola. Os livros de história do Brasil que li e com muita atenção na escola acabavam na Era Vargas. Naqueles tempos, nada se falava sobre política contemporânea. Não podia, era proibido.

Eram os anos de chumbo. Sou cria dele como todas as gerações que nasceram depois de 1964. Portanto somos alienados políticos e só entende desse assunto quem correu atrás, quem estudou para isso, quem se interessou. O resto é orelhada, é ouvir o galo cantar e não saber onde, é repetir textos alheios sem refletir, é não ter a menor capacidade de análise, é o limbo e a ignorância que estamos vendo e vivendo todos os dias. Somos todos ignorantes de algo, de muito e tudo escapa. Não há verdades absolutas e nem certezas, ninguém sabe realmente de nada. E estamos brigando, o que é mais incrível! Amizades estão em risco nesse mar de intolerância por algo que se desconhece!

Todos queremos a mesma coisa afinal! Um país livre de corrupção, um pais limpo, sem enriquecimentos ilícitos às nossas custas, sem políticos viciados, mas servidores que dialoguem, que nos escutem, que nos leiam, que nos atendam. Se não houver diálogo entre a população e quem está na administração do pais, não há democracia de fato. Seguimos em ditaduras veladas, onde o que impera é o interesse sempre de muito poucos, ainda mais num país dessa dimensão.

Torço pela democracia e pelo estado de direito, por isso não quero o impeachment mas quero propor um pacto. Entre todos, todos os lados, que são muitos e não apenas os extremos do contra e a favor como se coloca. Se houver impeachment, que sigamos atentos e fazendo pressão para que se limpe de fato essa casa, mas se não houver, que sigamos com a mesma atenção deixando a presidenta trabalhar, mas sob nossas vistas. Porque nada é bom nesse momento. Já perdemos, mas não foi hoje, agora, já estamos perdendo há muitos anos, quando não participamos do processo, no pleno exercício de nossa cidadania, como se ele não nos pertencesse, como se fosse responsabilidade de outrem.


No meio desse lamaçal estamos amadurecendo como nação, como indivíduos políticos e cidadãos. Se há alguma coisa a se aproveitar e sempre há, acho que é isso. O resto vai ser sempre o resto e o futuro vai depender do nosso despertar.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Samba em Família no Bottle's

Vamos esquentando os tamborins para a gravação do CD curtindo mais um show "Samba em Família", dessa vez no Bottle's, no Beco das Garrafas! Eu e minha "tribo de responsa" esperamos por vocês!!!

Só alegria!!!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Solo, duo, trio, sexteto! Eita vida!!!!

Solo, duo, trio, sexteto! 

Ando a pensar que no meio do caos instaurado nas ruas, nas redes, no pais, com tão pouca verba pra cultura, o que faz com que os artistas se tornem reféns de editais e leis de incentivo, com tão pouco patrocínio, porque quem investe prefere apostar nos medalhões, no povo mais conhecido, enfim, apesar de todos os pesares, que não são poucos, eu me vejo envolvida com quatro projetos de CD!

Todos lindos, todos envolvendo muita pesquisa, todos envolvendo muito estudo, todos me alimentando a alma e gerando igual prazer! Um solo, mas amparada pelo meu quarteto fundamental de instrumentistas, um em duo com a minha parceira Sheila Zagury, um com o meu trio vocal Folia de 3 e outro com o sexteto OuroBa. Todos com amigos e parceiros de música que dão significado ao meu caminhar. Todos me obrigando a estar em dia com meu ofício e confirmando a minha escolha pela música em meio a muitas opções que me cercaram.

Num mundo onde ninguém mais compra CD, onde todos baixam tudo da internet pagando ou pirateando, só se fala de streaming e quetais, eu, aquela movida a manivela, ainda acredito no CD! Francamente!!!!

Pior é que não só acredito, como compro. Até baixo, mas só pagando pra depois correr atrás da ficha técnica. Eu acredito no CD porque acredito na obra. Acredito que quem faz um “disco” está querendo dizer algo com isso, está apresentando uma ideia, um conceito, que em músicas isoladas não conseguiria. É como uma peça de teatro, um balé, uma exposição. As artes são conceituais, mesmo que a interpretação seja livre, que as impressões sejam pessoais. Penso assim o meu trabalho e enxergo assim o trabalho dos meus pares.

Mas, voltando ao que me moveu a escrever esse texto, os meus projetos me enchem de orgulho, porém ou eu estou muito fora da casinha, ou os céus querem dizer algo com isso, porque quatro projetos de uma vez é coisa séria, muito séria. E, cá pra nós? Só agradeço pela oportuna maluquice!

segunda-feira, 7 de março de 2016

O Cinema

A mais linda de todas as mães!

Acho que todos sabem que minha família inteira é ligada à música desde sempre. Mas acho que pouca gente sabe que toda a família comunga de uma segunda paixão, um hobby comum, que não foi combinado, mas também acredito que esteja no DNA e nos une nas horas vagas: o cinema. Desde que nasci nomes como Cary Grant, Deborah Kerr, William Holden, Jane Powell, Ava Gardner, entre muitos, eram falados na minha casa, como se fossem pessoas da família. Meu pai sabia tudo de cinema e minha mãe também. Conheciam todos os atores contemporâneos deles, os mais antigos, sabiam tudo de cinema mudo, mesmo sendo da geração de transição, falavam de histórias, atores e filmes com paixão. 

Meus irmãos nunca ficaram atrás. Fernando tem o requinte de saber os nomes de todos os atores coadjuvantes e dos que entram mudos e saem calados de qualquer filme, de qualquer época! Tanto ele quanto Zeca, aprimoraram o conhecimento de meus pais e sabem tudo de diretores, produções, anos de filmagens. Enfim, isso não é um estudo. Eles sabem porque sabem, porque guardam, porque leem uma única vez e a informação fica. Como são de outra geração, ampliaram o espectro e incluíram os mais modernos. Isso passou para os meus sobrinhos, que foram também além e incluíram sua geração e as seguintes. Bom, o fato é que todos nós, de um jeito ou de outro, gostamos e conhecemos o assunto naturalmente. Eu me interesso pelo tema desde sempre, assisto de tudo, até coisa ruim, só para poder comentar. É mania, é prazer, é o que relaxa, é o que une a família depois de um dia cansativo e é o que nos conecta aos pensamentos fugidios de minha mãe.

Música e cinema são matérias que nos possibilitam entrar em seu universo cada vez mais particular e longínquo, são linguagens que nos ajudam a compreender o que resta dessa pouca memória e que ajudam a perceber, lá no fundo, uma certa conexão com o mundo. Poucas coisas despertam seu interesse, muito poucas hoje em dia, mas essas duas artes provocam nela boas sensações que vamos explorando cada vez mais, terapeuticamente, incansavelmente.


Resolvi investir e comprar todos os títulos dos filmes de seu tempo que encontro pela internet. Foi assim que resgatei preciosidades do cinema musical, dos dramas e comédias  e todos aqueles nomes que povoavam minha casa e que hoje, tão familiares, voltam a fazer parte de nosso dia a dia. Audrey Hepburn linda em Bonequinha de Luxo e A Princesa e seu maravilhoso Plebeu Gregory Peck, Gene Kelly cantando na chuva lindamente ao lado de Debbie Reynolds,  bem antes dela dar à luz a princesa dos Jedis, Leslie Caron e sua eterna cara de criança, Cyd Charisse e as pernas mais famosas de Hollywood, Ginger Rogers arrasando nos braços de um levíssimo Fred Astaire, Grace Kelly e Rita Hayworth, sempre lindas. E que trilhas! Como é linda a música tema de Tarde Demais Pra Esquecer – An Affair To Remember! George e Ira Gershwim, Leonard Bernstein, Richard Rogers, Cole Porter reinando absolutos em trilhas inteiras. Noviça Rebelde, o meu favorito pra sempre, que músicas são aquelas???

Que delicia ver isso tudo novamente, mergulhar no glamour dos clássicos do cinema e resgatar, de certa forma, o brilho no olhar de minha mãe.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Paulinho Black e as memórias...

Eu e Paulinho Black

Das coisas inusitadas da vida! Em meu show-entrevista para Ricardo Brito, pro nosso Programa Encontros, na Rádio Roquette-Pinto tinha um publico pequeno porém seletíssimo e entre os presentes, Paulinho Black, um dos maiores bateristas desse pais, que já tocou com Deus e todo mundo e com quem tive o enorme prazer de trabalhar lá nos primórdios dos séculos!

Nossa história musical é no mínimo curiosa e agora faço questão de conta-la até para que não se perca nas esquinas da memória. Estava eu começando a vida musical, cheia de planos e sonhos, quando minha prima e grande cantora, Rosaly Lima, me chamou pra fazer parte de um trabalho especial, pilotado por ninguém menos que Luís Carlos Vinhas! Ele mesmo, o grande nome do piano brasileiro, da bossa nova, da noite carioca, de mil aventuras. Ele precisava montar uma banda para um projeto de bossa-nova, financiado por um empresário quente, que trabalhava com gente graúda do futebol.

Pois bem, Vinhas formou o time: ele no piano, Tião Neto no baixo acústico, Paulinho Black na bateria, Ricardo Pontes de sax e flauta, Rosaly e eu cantando. A proposta era “milionária”, íamos embarcar em poucos meses para o Japão, percorrer o país inteiro e depois, Europa! Ganharíamos regiamente para ensaiar, sairíamos daqui com CD e um material maravilhoso de vídeo nas mãos e ganharíamos o mundo. O céu era o limite! Pra mim então, seria de Copacabana para os píncaros da fama internacional!  Uau!

Primeiro mês de ensaios, uma beleza! Trabalhávamos todos os dias da semanas num estúdio,  tudo pago, preto no branco. Segundo mês fizemos a gravação dos áudios, um vídeo no estúdio da TVE, ensaios regulares e alguns atrasos no pagamento, meio chato, mas vamo que vamo. Terceiro mês....apertem os cintos, o piloto sumiu! E não houve meio de acharmos o sujeito, nem Tião Neto que encabeçou o levante pra reaver nosso dinheiro e saiu esbravejando aos quatro cantos, nem milhares de telefonemas, incertas no escritório, nem tentativa alguma! O homem sumiu na bruma sem deixar rastro.

E com ele foi-se embora o projeto, o Japão, o CD e todas as nossas expectativas depositadas nesse empreendimento. De bom sobrou a amizade com esse povo bom, um registro em áudio bacana e muita história pra contar, além é claro de muitas risadas depois que o tempo passou e a bronca se dissipou.


Grande Paulinho Black! Saudade do Tião e do Vinhas que já partiram, saudade sempre de Ricardo Pontes e Rosaly, que agora mora em Sampa. 
Beijos muitos pra todos vocês!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Primeiro Programa Encontros do Ano!!!

Sheila Zagury, Ricardo Brito e eu


Vejam só quanta honra!
No primeiro Programa Encontros inédito do ano, Ricardo Brito entrevistará esta que vos escreve, ao vivo, no auditório da Rádio Roquette-Pinto! Falarei da minha carreira e vou cantar, acompanhada por minha parceira Sheila Zagury, algumas canções impostantes que ilustram a minha trajetória. E o melhor, vocês poderão assistir ao programa-show e participar conosco dessa alegria. A entrada é franca
Será na terça-feira, dia 1º de março, 15h
Auditório da Rádio Roquette-Pinto 
Avenida Erasmo Braga, 118 - 11º andar

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Seis Graus - Noite de Festa

O Show


Noite de festa, de amigos, de música, casa cheia, músicos incríveis no palco, participações especiais, que sempre enriquecem os shows, muita alegria. Esses foram os componentes da estreia de um novo trabalho, um novo ciclo, um novo projeto que batizei de “Samba em Família” e que seguirei apresentando por aí, amadurecendo o repertório que vai virar um CD até o fim do ano. 

É sempre uma honra contar com a parceria de minha irmã-astral Sheila Zagury, com o sorriso cumplice de Luisinho Sobral e com a inspirada presença de meu irmão Fernando Leporace. A eles juntaram-se amigos caros como Mauricio Detoni, de quem admiro o talento e musicalidade, Marcelo Maldonado, parceirinho musical que optou pelas letras e em breve vai ganhar o mundo em outras plagas, já deixando saudades. Eu tenho sorte, muita, porque a minha vida inteira é trilhada a partir dos bons encontros e das parcerias que se consolidam pelo caminho, sempre fortes e indissolúveis. Isso garante muita firmeza na caminhada e “sustança” na forma e conteúdo dos projetos, tenho certeza.

A noite de sexta (19 de fevereiro) foi assim, cheia de energia e bons resultados e ainda por cima, confirmou para nós a teoria dos “seis graus de separação”! Conhecem? Segundo estudos norte-americanos da década de 60, todas as pessoas que habitam o planeta, estão separadas  somente por no máximo seis graus, seis laços afetivos de distância. Ou seja, entre você e o Barak Obama, meu vizinho e a Meryl Streep, o padeiro e o Dalai Lama, só existem no máximo seis pessoas. Vai daí que estava na plateia, levado por um casal de amigos, Karl Denson, saxofonista dos Rolling Stones, que estão no Brasil. Confirmando a teoria, nessa noite estávamos todos naquele show separados dos Stones por apenas dois graus.

E teve canja! Karl subiu ao palco pra fazer conosco “Samba de Uma Nota Só” e respeitoso, após uma bela “jam session” com meu povo, me agradeceu e disse que não é simples subir no palco e tocar nossa música, pois ela é complexa e tem que conhecer pra fazer. Mas ele não fez feio. Foi uma delícia de som!
Teorias a parte, a noite foi inesquecível! E começamos com pé direito esse trabalho que, tenho certeza, vai nos dar muitas alegrias! Agora “simbora” pra próxima etapa!

22 de fevereiro de 2016

 
A Farra


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Dobrei a esquina e encontrei Lefê

Em meados dos anos 90, a Lapa ainda não era o que se tornaria pouco tempo depois. Mas as rodas de samba e choro ferviam pela cidade e os bons projetos pipocavam, já abrindo espaço para uma boa safra de músicos e cantores que mais tarde habitariam para sempre o reduto do samba. Eu começava, tudo começava, meu mundo musical se definia. Sempre experimentando de tudo que me dava prazer. Passei a frequentar as rodas de choro, envolvida que estava com a música de Sergio Pina, com quem me apresentei em um belo show na ABI. Nessa, fui convidada por Mauricio Verde para uma participação em um show na UERJ em homenagem ao Noel Rosa e, por conta disso tudo, numa dessas rodas da vida, me vi envolvida com um grupo maravilhoso de samba e choro, uma moçada que, como eu, se definia musicalmente e procurava parcerias.

O Dobrando a Esquina era formado por Lenildo Gomes, Marcelo Menezes, Luciane Menezes e Paulino Dias naquele ano de 1995. Lenildo me procurou e me propôs que fizéssemos um show juntos em um projeto maravilhoso que a prefeitura promovia pelas praças do Rio. Nem pestanejei, aceitei na hora e, numa tarde de setembro, adentrou a minha casa esse povo bom ao lado do grande Lefê, um produtor da pesada, historiador e roteirista, fundador de praticamente todos os blocos famosos que surgiram nos anos 80 e existem até hoje, além de ter batizado e dirigido por anos a fio, a famosa casa de samba Carioca da Gema. Mas, voltando ao assunto, nossos encontros renderam ótimas tardes de papo e boa música, roteirizadas por esse “cabra bom” chamado Lefê. Fizemos lindos shows juntos na Gamboa, Praça São Salvador, Centro da Cidade, era uma alegria, um grande prazer. O grupo era uma farra, além de animados, eram todos músicos excelentes que caminhavam a passos largos para uma carreira consistente, como a história mostrou. Junto com o Dobrando a Esquina e o Lefê, chegou também na minha “aldeia afetiva” a Joana, filha dele, muito menina e já tão decidida, que depois virou uma grande produtora e hoje trocou a música pela psicologia, o que a faz muito feliz! Bons tempos de histórias boas de reviver.

Recordo isso tudo porque soube agora que partiu o Lefê no final de 2015 e me deu uma tristeza profunda, porque sempre tive vontade de procurá-lo para um “revival” do show Dobrando a Esquina e Marianna, mas a correria dos dias vai empurrando com a barriga vontades, desejos e ideias, nas quais deveríamos apostar mais. Lição aprendida, tristeza do momento. Mas, ao mesmo tempo, um orgulho de olhar para trás e perceber a trilha rica percorrida.


Saravá Lefê, que os anjos e orixás te recebam de braços abertos e muito obrigada pelo tempo que convivemos, aprendi muito e fui muito feliz!

16 de dezembro de 2016

Lenildo, Marcelo, Paulino (de chapéu), Lefê (de barba), eu e Luciane

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Samba em Família



Pois é, minha gente, o Samba em Família é meu novo projeto de show e futuro CD. Ele surgiu depois que compus, sem querer, um samba em parceria com o jornalista e letrista Gilvandro Filho. Digo “sem querer” porque não sou compositora e esse samba me veio como uma inspiração, quase uma “musipsicografia”, na primeira leitura que fiz da letra! Ela me chegou inteira, de uma só vez! Fiquei até na dúvida se era minha mesmo ou se estava copiando de alguém. Mostrei pro Fernando, meu irmão, sem dizer nada e ele gostou muito, perguntei se conhecia e ele disse que não. Ai tive certeza de que era minha :-)

A partir dai, comecei a pensar em um projeto para encaixa-la e me veio a ideia. Juntei sambas do meu pai, do meu irmão e sambas de amigos que gosto de cantar, misturei com sambas clássicos de MPB, com alguma pesquisa e batizei de Samba em Família. Assim nasceu o show que montei em 2013, caminhei por alguns espaços aqui no Rio e agora está sendo maturado com o objetivo de gravar o CD. Já passou um tempo, já ouvi muitas coisas aqui e ali e estou concluindo o repertório para o registro final. Nessa só me divirto e já escrevi duas letras que farão parte do projeto e serão musicadas por Felipe Radicetti (Como o Chico Falou) e Fernando Leporace (Samba em Família).


Nessa sexta, dia 19 de fevereiro, no Hotel Pestana - projeto Bossa, Jazz e Muito Mais - farei o primeiro show da nova etapa, mostrando parte do repertório do CD, ao lado de Sheila Zagury (teclado), Fernando Leporace (baixo), Luisinho Sobral (bateria) e dos cantores Mauricio Detoni e Marcelo Maldonado.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

America - Felipe Radicetti



Um projeto que homenageia Eduardo Galeano e os países hermanos, merece de saída todo o nosso respeito!

Quero apresentar para vocês, um dos trabalhos mais bonitos que já vi e tive a honra de participar. Trata-se do CD America de Felipe Radicetti, compositor dos melhores, e que acaba de ser lançado pelo selo Mills Records.

É um trabalho fundamental, não só pela beleza das músicas, mas pela ideia global que Felipe propõe. A união das muitas Américas que habitam esse único e múltiplo continente, um olhar atento sobre a vida e nossa postura diante do mundo e de seus significados sociais, políticos, geracionais. Um profundo mergulho nas Américas de todos nós, no que representamos desde que nos compreendemos como povo, como polis, em todos o nosso contexto histórico e político. É disso que esse trabalho fala, é isso que está exposto em toda essa grande obra de Felipe e de seus geniais parceiros letristas.

De minha parte sinto orgulho e por vários motivos. Primeiro por perceber que minha geração, de um modo geral, não veio a esse mundo a passeio. Estamos aí ralando há tempos, nos misturando a quem veio antes e depois, participando desse caldo cultural-político-artístico, descobrindo aos poucos nosso real lugar ao sol, mas sempre produzindo e pensando em uma arte inserida, contextualizada, dando um sentido mais pleno a nossa forma de estar no mundo e criar. E depois, porque sinto-me fazendo parte de algo maior quando artistas como Felipe, com toda sua bagagem engajada numa militância constante em prol de um cenário melhor para a nossa música, contam comigo para dar voz às suas criações. Fico feliz por poder contribuir e por ele achar que posso.

Sem mais delongas peço que ouçam com urgência este lindo e grande trabalho que já está a venda aqui: http://distribo.lojaintegrada.com.br/


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Isso e Aquilo - Jackie Hecker

Bom, nesse movimento de atualizar o blog, reler textos antigos para reaproveitar e escrever novos, achei esse aqui que escrevi no Natal de 2006. Jackie Hecker me pediu que enviasse novamente para ela e achei mais bacana publicar. Assim fica aqui uma dica de música boa atemporal e ao mesmo tempo atendo o pedido da minha amiga. Jackita esse vai pra você, com amor!



Tarde de Natal, muitos afazeres culinários. Reservo o dia para me ocupar dos petiscos e consigo fico só em casa, coisa rara em dias repletos de amigos e familiares comemorando por todos os cantos o ano que está acabando. Tenho uma longa tarde lavando frutas, as verduras para a salada da ceia, fazendo tortas que são as minhas especialidades.

Como estou só, posso escolher à vontade a trilha sonora que vai me acompanhar tarde adentro. Ouço vários CDs de compositores diversos, música instrumental, mil coisas que adoro e nessa, resolvo escutar de novo o CD da Jackie Hecker chamado “Isso e Aquilo”. É incrível como me identifico com o repertorio dela. Posso mesmo dizer que seguimos a vida ouvindo as mesmas coisas e criando as mesmas referencias, é impressionante!

Estou na cozinha com minhas massas e o disco segue engatando uma perola na outra...é muito bonita a voz dessa moça...de uma afinação perfeita, mas principalmente de uma força interpretativa gerada na delicadeza do timbre...Pode parecer dicotomia, mas é isso que me soa... força e delicadeza em um contraste que alimenta a alma de quem está ouvindo. Fico emocionada várias vezes... E o repertorio…fico achando que ela convive comigo desde que nasci na musica, mas acabamos de nos conhecer!

Arranjos lindos do Alain Pierre, que assina também uma das mais belas canções do disco, chamada “Mantra”. Vou ouvindo aquelas músicas lindas todas, de vários compositores que adoro: Iso Fischer, Guilherme Rondon, Dori Caymmi, Paulinho Tapajós, Cláudio Nucci, Mauricio Maestro, Zé Renato, Yuri Poppof, Vitor Ramil... chego até “Beneficio”, do Zé Renato e com a participação dele, num dueto inspirador e resolvo parar com a cozinha pra pegar o encarte e ler atentamente tudo: quem fez o que, quem tocou aonde, me dou conta de que Alain reina absoluto em praticamente todas as faixas com participações de outras feras complementando os arranjos.

Sigo lendo tudo, até que dou com o texto escrito pela própria Jackie contando o processo de feitura do disco. Aí despenco em choro profundo, quando vou percebendo como a gente rala pra transformar sonho em realidade nesse reino “independente” em que habitamos, mas como conseguimos produzir belezas! Claro que sempre contamos com a ajuda  dos amigos especiais que compram nossos barulhos e investem também suas energias  e assim conseguimos concretizar os projetos.

Contando com essa ajuda fundamental de gente como Alain e muitos outros, Jackie conseguiu produzir lindamente sua primeira grande obra. E que venham outras muitas, porque a voz  e o bom gosto de Jackie Hecker merecem cada vez mais espaço e mais a nossa admiração!


Dezembro de 2006

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A província

Chegando em casa depois de um dia intenso e curioso, resolvendo coisas pela Zona Sul do Rio de Janeiro, me deu vontade de escrever...

Tudo começou assim:
De dentro de um taxi, por volta de meio dia, em Copacabana, tive a impressão de ter visto meu primo Lula Araújo andando pela Rua Santa Clara...fiquei na dúvida e estava atrasada para um compromisso, não pude parar e também não tinha certeza se era ele mesmo. Mas deu saudade e agora só ele poderá confirmar se lá esteve de fato. Segui para o Shopping dos Antiquários, onde Symô, meu amigo e parceiro de OuroBa me aguardava para resolvermos umas questões de produção. Porem no caminho, dei de cara com a nobreza personificada por Haroldo Costa, com quem tive a honra de trabalhar em uma linda montagem de Orfeu da Conceição, com um elenco estelar, em São Paulo, há muitos anos. Minha “timidez” me deu uma travada e não falei com ele, fiquei admirando a altivez e inteireza de um homem que ainda muito faz por nossa cultura. Depois do encontro com Symô, fui ter com Eliane Tassis em seu consultório para a resolução rápida de mais uma “questão de força maior”. Minha parceira de Folia de 3 é também dentista e das melhores, sim senhor, e tem em seu consultório uma legião de pacientes ligados à música, como não podia deixar de ser. Lá encontrei a talentosa e divertida Verônica Sabino e juntas, nós três e Ana Claudia, a fiel escudeira de Ly, passamos uma hora ótima regada a risadas e café, que tornou mais leve um dia pra lá de cheio. De lá segui pra Ipanema, para o salão de meu amigo Manoel para me livrar de parte de uma madeixa insana que em nada combina com os dias escaldantes do verão carioca. Com alguns quilos a menos e feliz fui tomar outro café enquanto esperava meu irmão e cunhada para resolvermos mais algumas “questões paralelas”. No caminho, quase tropeço em Ricardo, amigo e cabeleireiro fera que já não via há muito tempo. Matamos saudades e trocamos dois dedos de prosa. Já no café, sentada e sem meus óculos de míope, avistei ao longe uma figura muito familiar...mas pelo sim, pelo não, eu que já paguei muitos micos sem os óculos cumprimentando pessoas a esmo ou virando a cara para amigos, achei por bem esperar. Ele passou olhou pra mim e perguntou “Marianna?” no que respondi, “Eduardo?”
Eduardo Barata nada mudou nesses anos que separam o hoje de nossos tempos de Faculdade da Cidade, “apenas” tornou-se o que já se sabia desde então, um grande homem de Teatro! Os anos não passam quando as amizades são sinceras e ele é o mesmo cara boa gente e apaixonado por seu oficio, desde sempre.
Chegaram Zeca e Sandra, conversamos todos mais um tanto sobre o cenário cultural atual e segui meu rumo de volta pra roça, que já se fazia tarde. Tenho certeza de que vi Daúde passando do outro lado da calçada, mas enquanto estava tentando saber se era ela mesma, já de noite e eu que enxergo “muito bem’ dei de cara com Valéria Motta, amiga da mesma faculdade que o Barata, mas de quem a vida não se encarregou de me separar, graças a Deus! Rimos muito de tudo isso e como sempre, trocamos boas ideias, só que agora ela me prometeu uma visita aqui na roça que certamente irei cobrar! E assim acabou meu dia na pequena província do Rio de Janeiro.
E dizem por ai que eu moro na roça...


02 de fevereiro de 2016
Uma imagem desse dia de tão bons encontros: Eu, Eliane Tassis e Verônica Sabino

Feliz Ano Novo!

Hora de atualizar o blog, a vida, as atividades, contar as novidades!

Afinal o ano começou de fato e temos que trabalhar as ideias (que são muitas), abrir os caminhos (longos e férteis) e preparar o trajeto!
Boas perspectivas no horizonte, boas parcerias!


Mas reafirmo que a presença de vocês por aqui é fundamental, portanto preciso deixar a casa aberta e arejada, sempre convidativa. E ficarei na porta de braços abertos, aguardando as visitas e os bons ventos que os trazem!


Beijos e boa caminhada para nós!!!


Uma foto que pra mim significa "Bons Augúrios"

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