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Música, divulgações, diversões, meio ambiente, cultura, divagações e boas conversas. Não necessariamente nessa ordem :-)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Primeiro Programa Encontros do Ano!!!

Sheila Zagury, Ricardo Brito e eu


Vejam só quanta honra!
No primeiro Programa Encontros inédito do ano, Ricardo Brito entrevistará esta que vos escreve, ao vivo, no auditório da Rádio Roquette-Pinto! Falarei da minha carreira e vou cantar, acompanhada por minha parceira Sheila Zagury, algumas canções impostantes que ilustram a minha trajetória. E o melhor, vocês poderão assistir ao programa-show e participar conosco dessa alegria. A entrada é franca
Será na terça-feira, dia 1º de março, 15h
Auditório da Rádio Roquette-Pinto 
Avenida Erasmo Braga, 118 - 11º andar

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Seis Graus - Noite de Festa

O Show


Noite de festa, de amigos, de música, casa cheia, músicos incríveis no palco, participações especiais, que sempre enriquecem os shows, muita alegria. Esses foram os componentes da estreia de um novo trabalho, um novo ciclo, um novo projeto que batizei de “Samba em Família” e que seguirei apresentando por aí, amadurecendo o repertório que vai virar um CD até o fim do ano. 

É sempre uma honra contar com a parceria de minha irmã-astral Sheila Zagury, com o sorriso cumplice de Luisinho Sobral e com a inspirada presença de meu irmão Fernando Leporace. A eles juntaram-se amigos caros como Mauricio Detoni, de quem admiro o talento e musicalidade, Marcelo Maldonado, parceirinho musical que optou pelas letras e em breve vai ganhar o mundo em outras plagas, já deixando saudades. Eu tenho sorte, muita, porque a minha vida inteira é trilhada a partir dos bons encontros e das parcerias que se consolidam pelo caminho, sempre fortes e indissolúveis. Isso garante muita firmeza na caminhada e “sustança” na forma e conteúdo dos projetos, tenho certeza.

A noite de sexta (19 de fevereiro) foi assim, cheia de energia e bons resultados e ainda por cima, confirmou para nós a teoria dos “seis graus de separação”! Conhecem? Segundo estudos norte-americanos da década de 60, todas as pessoas que habitam o planeta, estão separadas  somente por no máximo seis graus, seis laços afetivos de distância. Ou seja, entre você e o Barak Obama, meu vizinho e a Meryl Streep, o padeiro e o Dalai Lama, só existem no máximo seis pessoas. Vai daí que estava na plateia, levado por um casal de amigos, Karl Denson, saxofonista dos Rolling Stones, que estão no Brasil. Confirmando a teoria, nessa noite estávamos todos naquele show separados dos Stones por apenas dois graus.

E teve canja! Karl subiu ao palco pra fazer conosco “Samba de Uma Nota Só” e respeitoso, após uma bela “jam session” com meu povo, me agradeceu e disse que não é simples subir no palco e tocar nossa música, pois ela é complexa e tem que conhecer pra fazer. Mas ele não fez feio. Foi uma delícia de som!
Teorias a parte, a noite foi inesquecível! E começamos com pé direito esse trabalho que, tenho certeza, vai nos dar muitas alegrias! Agora “simbora” pra próxima etapa!

22 de fevereiro de 2016

 
A Farra


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Dobrei a esquina e encontrei Lefê

Em meados dos anos 90, a Lapa ainda não era o que se tornaria pouco tempo depois. Mas as rodas de samba e choro ferviam pela cidade e os bons projetos pipocavam, já abrindo espaço para uma boa safra de músicos e cantores que mais tarde habitariam para sempre o reduto do samba. Eu começava, tudo começava, meu mundo musical se definia. Sempre experimentando de tudo que me dava prazer. Passei a frequentar as rodas de choro, envolvida que estava com a música de Sergio Pina, com quem me apresentei em um belo show na ABI. Nessa, fui convidada por Mauricio Verde para uma participação em um show na UERJ em homenagem ao Noel Rosa e, por conta disso tudo, numa dessas rodas da vida, me vi envolvida com um grupo maravilhoso de samba e choro, uma moçada que, como eu, se definia musicalmente e procurava parcerias.

O Dobrando a Esquina era formado por Lenildo Gomes, Marcelo Menezes, Luciane Menezes e Paulino Dias naquele ano de 1995. Lenildo me procurou e me propôs que fizéssemos um show juntos em um projeto maravilhoso que a prefeitura promovia pelas praças do Rio. Nem pestanejei, aceitei na hora e, numa tarde de setembro, adentrou a minha casa esse povo bom ao lado do grande Lefê, um produtor da pesada, historiador e roteirista, fundador de praticamente todos os blocos famosos que surgiram nos anos 80 e existem até hoje, além de ter batizado e dirigido por anos a fio, a famosa casa de samba Carioca da Gema. Mas, voltando ao assunto, nossos encontros renderam ótimas tardes de papo e boa música, roteirizadas por esse “cabra bom” chamado Lefê. Fizemos lindos shows juntos na Gamboa, Praça São Salvador, Centro da Cidade, era uma alegria, um grande prazer. O grupo era uma farra, além de animados, eram todos músicos excelentes que caminhavam a passos largos para uma carreira consistente, como a história mostrou. Junto com o Dobrando a Esquina e o Lefê, chegou também na minha “aldeia afetiva” a Joana, filha dele, muito menina e já tão decidida, que depois virou uma grande produtora e hoje trocou a música pela psicologia, o que a faz muito feliz! Bons tempos de histórias boas de reviver.

Recordo isso tudo porque soube agora que partiu o Lefê no final de 2015 e me deu uma tristeza profunda, porque sempre tive vontade de procurá-lo para um “revival” do show Dobrando a Esquina e Marianna, mas a correria dos dias vai empurrando com a barriga vontades, desejos e ideias, nas quais deveríamos apostar mais. Lição aprendida, tristeza do momento. Mas, ao mesmo tempo, um orgulho de olhar para trás e perceber a trilha rica percorrida.


Saravá Lefê, que os anjos e orixás te recebam de braços abertos e muito obrigada pelo tempo que convivemos, aprendi muito e fui muito feliz!

16 de dezembro de 2016

Lenildo, Marcelo, Paulino (de chapéu), Lefê (de barba), eu e Luciane

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Samba em Família



Pois é, minha gente, o Samba em Família é meu novo projeto de show e futuro CD. Ele surgiu depois que compus, sem querer, um samba em parceria com o jornalista e letrista Gilvandro Filho. Digo “sem querer” porque não sou compositora e esse samba me veio como uma inspiração, quase uma “musipsicografia”, na primeira leitura que fiz da letra! Ela me chegou inteira, de uma só vez! Fiquei até na dúvida se era minha mesmo ou se estava copiando de alguém. Mostrei pro Fernando, meu irmão, sem dizer nada e ele gostou muito, perguntei se conhecia e ele disse que não. Ai tive certeza de que era minha :-)

A partir dai, comecei a pensar em um projeto para encaixa-la e me veio a ideia. Juntei sambas do meu pai, do meu irmão e sambas de amigos que gosto de cantar, misturei com sambas clássicos de MPB, com alguma pesquisa e batizei de Samba em Família. Assim nasceu o show que montei em 2013, caminhei por alguns espaços aqui no Rio e agora está sendo maturado com o objetivo de gravar o CD. Já passou um tempo, já ouvi muitas coisas aqui e ali e estou concluindo o repertório para o registro final. Nessa só me divirto e já escrevi duas letras que farão parte do projeto e serão musicadas por Felipe Radicetti (Como o Chico Falou) e Fernando Leporace (Samba em Família).


Nessa sexta, dia 19 de fevereiro, no Hotel Pestana - projeto Bossa, Jazz e Muito Mais - farei o primeiro show da nova etapa, mostrando parte do repertório do CD, ao lado de Sheila Zagury (teclado), Fernando Leporace (baixo), Luisinho Sobral (bateria) e dos cantores Mauricio Detoni e Marcelo Maldonado.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

America - Felipe Radicetti



Um projeto que homenageia Eduardo Galeano e os países hermanos, merece de saída todo o nosso respeito!

Quero apresentar para vocês, um dos trabalhos mais bonitos que já vi e tive a honra de participar. Trata-se do CD America de Felipe Radicetti, compositor dos melhores, e que acaba de ser lançado pelo selo Mills Records.

É um trabalho fundamental, não só pela beleza das músicas, mas pela ideia global que Felipe propõe. A união das muitas Américas que habitam esse único e múltiplo continente, um olhar atento sobre a vida e nossa postura diante do mundo e de seus significados sociais, políticos, geracionais. Um profundo mergulho nas Américas de todos nós, no que representamos desde que nos compreendemos como povo, como polis, em todos o nosso contexto histórico e político. É disso que esse trabalho fala, é isso que está exposto em toda essa grande obra de Felipe e de seus geniais parceiros letristas.

De minha parte sinto orgulho e por vários motivos. Primeiro por perceber que minha geração, de um modo geral, não veio a esse mundo a passeio. Estamos aí ralando há tempos, nos misturando a quem veio antes e depois, participando desse caldo cultural-político-artístico, descobrindo aos poucos nosso real lugar ao sol, mas sempre produzindo e pensando em uma arte inserida, contextualizada, dando um sentido mais pleno a nossa forma de estar no mundo e criar. E depois, porque sinto-me fazendo parte de algo maior quando artistas como Felipe, com toda sua bagagem engajada numa militância constante em prol de um cenário melhor para a nossa música, contam comigo para dar voz às suas criações. Fico feliz por poder contribuir e por ele achar que posso.

Sem mais delongas peço que ouçam com urgência este lindo e grande trabalho que já está a venda aqui: http://distribo.lojaintegrada.com.br/


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Isso e Aquilo - Jackie Hecker

Bom, nesse movimento de atualizar o blog, reler textos antigos para reaproveitar e escrever novos, achei esse aqui que escrevi no Natal de 2006. Jackie Hecker me pediu que enviasse novamente para ela e achei mais bacana publicar. Assim fica aqui uma dica de música boa atemporal e ao mesmo tempo atendo o pedido da minha amiga. Jackita esse vai pra você, com amor!



Tarde de Natal, muitos afazeres culinários. Reservo o dia para me ocupar dos petiscos e consigo fico só em casa, coisa rara em dias repletos de amigos e familiares comemorando por todos os cantos o ano que está acabando. Tenho uma longa tarde lavando frutas, as verduras para a salada da ceia, fazendo tortas que são as minhas especialidades.

Como estou só, posso escolher à vontade a trilha sonora que vai me acompanhar tarde adentro. Ouço vários CDs de compositores diversos, música instrumental, mil coisas que adoro e nessa, resolvo escutar de novo o CD da Jackie Hecker chamado “Isso e Aquilo”. É incrível como me identifico com o repertorio dela. Posso mesmo dizer que seguimos a vida ouvindo as mesmas coisas e criando as mesmas referencias, é impressionante!

Estou na cozinha com minhas massas e o disco segue engatando uma perola na outra...é muito bonita a voz dessa moça...de uma afinação perfeita, mas principalmente de uma força interpretativa gerada na delicadeza do timbre...Pode parecer dicotomia, mas é isso que me soa... força e delicadeza em um contraste que alimenta a alma de quem está ouvindo. Fico emocionada várias vezes... E o repertorio…fico achando que ela convive comigo desde que nasci na musica, mas acabamos de nos conhecer!

Arranjos lindos do Alain Pierre, que assina também uma das mais belas canções do disco, chamada “Mantra”. Vou ouvindo aquelas músicas lindas todas, de vários compositores que adoro: Iso Fischer, Guilherme Rondon, Dori Caymmi, Paulinho Tapajós, Cláudio Nucci, Mauricio Maestro, Zé Renato, Yuri Poppof, Vitor Ramil... chego até “Beneficio”, do Zé Renato e com a participação dele, num dueto inspirador e resolvo parar com a cozinha pra pegar o encarte e ler atentamente tudo: quem fez o que, quem tocou aonde, me dou conta de que Alain reina absoluto em praticamente todas as faixas com participações de outras feras complementando os arranjos.

Sigo lendo tudo, até que dou com o texto escrito pela própria Jackie contando o processo de feitura do disco. Aí despenco em choro profundo, quando vou percebendo como a gente rala pra transformar sonho em realidade nesse reino “independente” em que habitamos, mas como conseguimos produzir belezas! Claro que sempre contamos com a ajuda  dos amigos especiais que compram nossos barulhos e investem também suas energias  e assim conseguimos concretizar os projetos.

Contando com essa ajuda fundamental de gente como Alain e muitos outros, Jackie conseguiu produzir lindamente sua primeira grande obra. E que venham outras muitas, porque a voz  e o bom gosto de Jackie Hecker merecem cada vez mais espaço e mais a nossa admiração!


Dezembro de 2006

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A província

Chegando em casa depois de um dia intenso e curioso, resolvendo coisas pela Zona Sul do Rio de Janeiro, me deu vontade de escrever...

Tudo começou assim:
De dentro de um taxi, por volta de meio dia, em Copacabana, tive a impressão de ter visto meu primo Lula Araújo andando pela Rua Santa Clara...fiquei na dúvida e estava atrasada para um compromisso, não pude parar e também não tinha certeza se era ele mesmo. Mas deu saudade e agora só ele poderá confirmar se lá esteve de fato. Segui para o Shopping dos Antiquários, onde Symô, meu amigo e parceiro de OuroBa me aguardava para resolvermos umas questões de produção. Porem no caminho, dei de cara com a nobreza personificada por Haroldo Costa, com quem tive a honra de trabalhar em uma linda montagem de Orfeu da Conceição, com um elenco estelar, em São Paulo, há muitos anos. Minha “timidez” me deu uma travada e não falei com ele, fiquei admirando a altivez e inteireza de um homem que ainda muito faz por nossa cultura. Depois do encontro com Symô, fui ter com Eliane Tassis em seu consultório para a resolução rápida de mais uma “questão de força maior”. Minha parceira de Folia de 3 é também dentista e das melhores, sim senhor, e tem em seu consultório uma legião de pacientes ligados à música, como não podia deixar de ser. Lá encontrei a talentosa e divertida Verônica Sabino e juntas, nós três e Ana Claudia, a fiel escudeira de Ly, passamos uma hora ótima regada a risadas e café, que tornou mais leve um dia pra lá de cheio. De lá segui pra Ipanema, para o salão de meu amigo Manoel para me livrar de parte de uma madeixa insana que em nada combina com os dias escaldantes do verão carioca. Com alguns quilos a menos e feliz fui tomar outro café enquanto esperava meu irmão e cunhada para resolvermos mais algumas “questões paralelas”. No caminho, quase tropeço em Ricardo, amigo e cabeleireiro fera que já não via há muito tempo. Matamos saudades e trocamos dois dedos de prosa. Já no café, sentada e sem meus óculos de míope, avistei ao longe uma figura muito familiar...mas pelo sim, pelo não, eu que já paguei muitos micos sem os óculos cumprimentando pessoas a esmo ou virando a cara para amigos, achei por bem esperar. Ele passou olhou pra mim e perguntou “Marianna?” no que respondi, “Eduardo?”
Eduardo Barata nada mudou nesses anos que separam o hoje de nossos tempos de Faculdade da Cidade, “apenas” tornou-se o que já se sabia desde então, um grande homem de Teatro! Os anos não passam quando as amizades são sinceras e ele é o mesmo cara boa gente e apaixonado por seu oficio, desde sempre.
Chegaram Zeca e Sandra, conversamos todos mais um tanto sobre o cenário cultural atual e segui meu rumo de volta pra roça, que já se fazia tarde. Tenho certeza de que vi Daúde passando do outro lado da calçada, mas enquanto estava tentando saber se era ela mesma, já de noite e eu que enxergo “muito bem’ dei de cara com Valéria Motta, amiga da mesma faculdade que o Barata, mas de quem a vida não se encarregou de me separar, graças a Deus! Rimos muito de tudo isso e como sempre, trocamos boas ideias, só que agora ela me prometeu uma visita aqui na roça que certamente irei cobrar! E assim acabou meu dia na pequena província do Rio de Janeiro.
E dizem por ai que eu moro na roça...


02 de fevereiro de 2016
Uma imagem desse dia de tão bons encontros: Eu, Eliane Tassis e Verônica Sabino

Feliz Ano Novo!

Hora de atualizar o blog, a vida, as atividades, contar as novidades!

Afinal o ano começou de fato e temos que trabalhar as ideias (que são muitas), abrir os caminhos (longos e férteis) e preparar o trajeto!
Boas perspectivas no horizonte, boas parcerias!


Mas reafirmo que a presença de vocês por aqui é fundamental, portanto preciso deixar a casa aberta e arejada, sempre convidativa. E ficarei na porta de braços abertos, aguardando as visitas e os bons ventos que os trazem!


Beijos e boa caminhada para nós!!!


Uma foto que pra mim significa "Bons Augúrios"

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