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Música, divulgações, diversões, meio ambiente, cultura, divagações e boas conversas. Não necessariamente nessa ordem :-)

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Perdemos todos...


Não há mocinhos e bandidos nessa história. Não há.  Estamos perdendo todos pela nossa omissão, por nossas pequenas corrupções diárias, por nossa falta de saco de entender mais sobre os mecanismos da política e as ciladas das coligações perigosas.

Não fomos habituados a enfrentar os leões e mata-los todos os dias. Não fomos estimulados a entender profundamente sobre o caos que nos assola. Os livros de história do Brasil que li e com muita atenção na escola acabavam na Era Vargas. Naqueles tempos, nada se falava sobre política contemporânea. Não podia, era proibido.

Eram os anos de chumbo. Sou cria dele como todas as gerações que nasceram depois de 1964. Portanto somos alienados políticos e só entende desse assunto quem correu atrás, quem estudou para isso, quem se interessou. O resto é orelhada, é ouvir o galo cantar e não saber onde, é repetir textos alheios sem refletir, é não ter a menor capacidade de análise, é o limbo e a ignorância que estamos vendo e vivendo todos os dias. Somos todos ignorantes de algo, de muito e tudo escapa. Não há verdades absolutas e nem certezas, ninguém sabe realmente de nada. E estamos brigando, o que é mais incrível! Amizades estão em risco nesse mar de intolerância por algo que se desconhece!

Todos queremos a mesma coisa afinal! Um país livre de corrupção, um pais limpo, sem enriquecimentos ilícitos às nossas custas, sem políticos viciados, mas servidores que dialoguem, que nos escutem, que nos leiam, que nos atendam. Se não houver diálogo entre a população e quem está na administração do pais, não há democracia de fato. Seguimos em ditaduras veladas, onde o que impera é o interesse sempre de muito poucos, ainda mais num país dessa dimensão.

Torço pela democracia e pelo estado de direito, por isso não quero o impeachment mas quero propor um pacto. Entre todos, todos os lados, que são muitos e não apenas os extremos do contra e a favor como se coloca. Se houver impeachment, que sigamos atentos e fazendo pressão para que se limpe de fato essa casa, mas se não houver, que sigamos com a mesma atenção deixando a presidenta trabalhar, mas sob nossas vistas. Porque nada é bom nesse momento. Já perdemos, mas não foi hoje, agora, já estamos perdendo há muitos anos, quando não participamos do processo, no pleno exercício de nossa cidadania, como se ele não nos pertencesse, como se fosse responsabilidade de outrem.


No meio desse lamaçal estamos amadurecendo como nação, como indivíduos políticos e cidadãos. Se há alguma coisa a se aproveitar e sempre há, acho que é isso. O resto vai ser sempre o resto e o futuro vai depender do nosso despertar.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Samba em Família no Bottle's

Vamos esquentando os tamborins para a gravação do CD curtindo mais um show "Samba em Família", dessa vez no Bottle's, no Beco das Garrafas! Eu e minha "tribo de responsa" esperamos por vocês!!!

Só alegria!!!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Solo, duo, trio, sexteto! Eita vida!!!!

Solo, duo, trio, sexteto! 

Ando a pensar que no meio do caos instaurado nas ruas, nas redes, no pais, com tão pouca verba pra cultura, o que faz com que os artistas se tornem reféns de editais e leis de incentivo, com tão pouco patrocínio, porque quem investe prefere apostar nos medalhões, no povo mais conhecido, enfim, apesar de todos os pesares, que não são poucos, eu me vejo envolvida com quatro projetos de CD!

Todos lindos, todos envolvendo muita pesquisa, todos envolvendo muito estudo, todos me alimentando a alma e gerando igual prazer! Um solo, mas amparada pelo meu quarteto fundamental de instrumentistas, um em duo com a minha parceira Sheila Zagury, um com o meu trio vocal Folia de 3 e outro com o sexteto OuroBa. Todos com amigos e parceiros de música que dão significado ao meu caminhar. Todos me obrigando a estar em dia com meu ofício e confirmando a minha escolha pela música em meio a muitas opções que me cercaram.

Num mundo onde ninguém mais compra CD, onde todos baixam tudo da internet pagando ou pirateando, só se fala de streaming e quetais, eu, aquela movida a manivela, ainda acredito no CD! Francamente!!!!

Pior é que não só acredito, como compro. Até baixo, mas só pagando pra depois correr atrás da ficha técnica. Eu acredito no CD porque acredito na obra. Acredito que quem faz um “disco” está querendo dizer algo com isso, está apresentando uma ideia, um conceito, que em músicas isoladas não conseguiria. É como uma peça de teatro, um balé, uma exposição. As artes são conceituais, mesmo que a interpretação seja livre, que as impressões sejam pessoais. Penso assim o meu trabalho e enxergo assim o trabalho dos meus pares.

Mas, voltando ao que me moveu a escrever esse texto, os meus projetos me enchem de orgulho, porém ou eu estou muito fora da casinha, ou os céus querem dizer algo com isso, porque quatro projetos de uma vez é coisa séria, muito séria. E, cá pra nós? Só agradeço pela oportuna maluquice!

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